
A mastite é o processo inflamatório e infeccioso agudo das glândulas mamárias que ocorre em mulheres em fase de amamentação. Aos primeiros sinais do problema, você deve procurar ajuda médica, pois a mastite pode evoluir para casos graves de abcessos e até mesmo sepse.
Pode acometer de 3 a 20% das mulheres durante a fase de lactação podendo acontecer de forma precoce e tardia, até mesmo no momento do desmame, sendo mais frequente nos primeiros meses de amamentação.
Neste texto vamos entender os sintomas da mastite, fatores de risco, prevenção e tratamento. Continue lendo e confira!
Quais são os sintomas da mastite?
“Os primeiros sintomas da mastite são mal-estar, dor articular, dor de cabeça, calafrios, tremores associados ou não à dor na mama e vermelhidão local, podendo ocorrer com febre ou não”, explica o mastologista do Espaço Mabe, Dr. Marco Vinícius Fernandes.
A mulher sente o seio endurecido, como se o leite tivesse empedrado, como se diz popularmente. Ocorre geralmente na segunda ou terceira semana após o parto. Mas pode se desenvolver em outros momentos.
O mais importante é que a mastite não cause a interrupção da amamentação, um momento único de amor e afeto entre a mamãe e o bebê. O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os 2 anos ou mais, de forma exclusiva até os 6 meses de vida do bebê.
Fatores de risco para mastite
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de mastite são:
• Lesões no mamilo (fissuras)
• Congestão do leite dentro da glândula mamária;
• Produção de leite acima do que o bebê consome;
• Pega do bebê inadequada na mama, o que pode gerar fissuras.
Por isso é importante quando o bebê pular alguma mamada, a mãe ordenhar o leite para que ele não fique acumulado.
É possível prevenir a mastite?
A boa notícia é que é possível, sim, prevenir uma mastite. “Primeiro é importante estar com uma equipe especializada em amamentação, seguir as orientações e cuidados sugeridos e ensinados, ter uma boa sustentação das mamas, ordenha adequada (esvaziamento do excesso de leite), organização da pega, prevenção, tratamento das fissuras quando já instaladas”, explica Dr. Marco Fernandes.
Tenha em mente algumas regrinhas para evitar a mastite:
• É fundamental que a pega do bebê esteja correta, uma boca muito fechada pode machucar o mamilo o que será uma porta de entrada para bactérias;
• Durante a sucção do bebê não deve haver dor;
• Caso o seio continue cheio após a mamada, ordenhe. Esse processo precisa ser ensinado e bem orientado;
• Use um sutiã adequado que dê boa sustentação, mas que não aperte o seio durante o dia e a noite também;
• Trate as fissuras do mamilo, o que pode ser feito com laser e outras técnicas.
Tratamento para mastite
O tratamento da mastite é feito com antibiótico administrado por 7 ou 10 dias. Podem ser administrados também medicamentos para dor e febre.
Durante o quadro de mastite a mulher deve continuar oferecendo ao bebê a mama acometida para drenagem do leite. Antes de cada mamada é importante massagear as mamas para fluidificar o leite (deixar ele mais líquido menos espesso). Compressas frias após as mamadas/ordenha também ajudarão no controle da dor e hiperlactação.
É muito importante a ingesta de água durante todo o período.
Complicações da mastite
Aos primeiros sintomas de mastite, a mamãe deve procurar o mastologista especialista em amamentação para início do tratamento. Esperar só faz o quadro piorar e se tornar grave. “A grande complicação será a formação de abscesso na mama, coleção de pus, que muitas vezes implica internação para antibiótico venoso e ou drenagem cirúrgica”, destaca Dr. Fernandes.
Se você está sentindo algum dos sintomas relatados neste texto, agende sua consulta com a equipe MABE.
LEIA MAIS: